Look do dia – Vergonha e Indignação!

 

Desculpe o silêncio aqui em nosso espaço mas, estamos retomando as matérias, entrevistas e trabalhos logo, logo!

Sabem que nosso cantinho é um espaço diferente… Adoro observar o look do dia em muitos blogs que fazem isso de maneira brilhante! Amo as inspirações, a criatividade e a disponibilidade das blogueiras que a cada dia publicam de forma mais profissional suas dicas.  Só que esse não é o foco de nosso Blog.

Porém hoje, mesmo sem fotos, quero “mostrar” ou descrever meu look do dia… Estou usando vestido preto, de renda, de uma marca que tem confecção própria e que faz aproveitamento de retalhos…

Meus adornos? A vergonha, a indignação… Vergonha de um país com um sistema tributário absurdo, fiscalização frágil e leis trabalhistas burladas descaradamente a cada esquina… Pois é! Hoje as redes sociais pipocam com mais um escândalo de trabalho escravo divulgado ontem. Dessa vez com a menina dos olhos do fast fashion brasileiro – a marca Zara.

Sinceramente? Estou aliviada por não estar vestindo hoje uma peça  que carregue o peso de 15 pessoas, entre elas uma adolescente de 14 anos, em regime de trabalho escravo contemporâneo em plena capital paulista para a marca Zara. Isso é o que foi divulgado, o que veio à tona… E quantos desconhecem esses fatos absurdos? Quantos de nós acabamos financiando um esquema tão desumano, baixo, covarde e cruel?

Essa não é a moda que eu acredito! A moda que eu acredito tem que ser bonita ou fashion em meu corpo mas, deve favorecer a TODOS os envolvidos em sua cadeia de produção. Quero saber sim a história que existe por trás daquilo que estou vestindo.

Leia toda a cobertura e detalhes sobre a operação que fiscalizou várias oficinas neste regime de trabalho escravo para a Zara lá no Coletivo Verde,  escrita de forma muito profissional pelo Guilherme Augusti Negri, com vídeo do programa A Liga que fez a matéria sobre o tema e informações do site da Ong Repórter Brasil umas das mais significativas organizações para combate de trabalho escravo no país.

Fica registrado nosso look do dia de hoje: vergonha, indignação e a busca de respeito para todos os envolvidos na cadeia fashion!

Vamos trabalhar por processos sustentáveis!

Por Lu Jordão

O Mercado Promete: Um Novo Olhar – Inclusão.

Jéssica Maia estudante de jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) entrevistou algumas pessoas envolvidas de alguma maneira com Moda Inclusiva para fazer seu trabalho. Hoje, a matéria não é minha… Quem vai assinar é a futura jornalista Jéssica Maia que já se lança num mercado ético, justo, correto – a inclusão.

Foto: J.Crew

Descrição de imagem (recurso que permite pessoas cegas desfrutar da parte visual de nossas matérias): Foto antiga, colorida e, em primeiro plano, uma jovem  de cabelos lisos e loiros vestida com traje retro: mini vestido jeans com aplicação na parte frontal de tecido estampando em tons de verde, preto e branco, meia calça verde e sapato bem alto em tons de marrom. Ao seu lado uma pilha com 26 livros antigos, capa dura, grossos. A pilha fica quase de sua altura, permitindo que ela debruce sobre eles, descansando a cabeça sobre seu braço que está apoiando na pilha de livros. No fundo da foto uma parede em concreto e envelhecida. O piso também envelhecido, em madeira.

Temos trocado com vários grupos de faculdade fazendo suas teses na área de moda inclusiva. Atendemos um grupo na área de administração, outro na área de moda e último na área de jornalismo. Jéssica Maia,  estudante de jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), entrevistou algumas pessoas envolvidas de alguma maneira com Moda Inclusiva para fazer seu trabalho. Hoje, a matéria não é minha… Quem vai assinar é a futura jornalista Jéssica Maia que já se lança num mercado ético, justo, correto – a inclusão.

 

Vamos publicar o trabalho da Jéssica e o site, resultado de suas pesquisas com todas as entrevistas.

Moda inclusiva cresce no Brasil e no mundo

Um novo segmento no ramo da moda se destaca e chama a atenção de estilistas

O assunto moda está quase obrigatoriamente relacionado a modelos muito magras e altas cujo padrão de beleza destoa da realidade da maioria. Porém, essa indústria tem passado por diversas mudanças, abrindo espaço para a diversidade trazida pelas modelos plus size e deficientes físicos, em especial, os cadeirantes. O Brasil tem, hoje, cerca de 29 milhões de pessoas com deficiência (PcD). Somente no Estado de São Paulo, esse contingente ultrapassa 5 milhões. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em torno de 10% da população mundial é de PcD.

Esses índices têm atraído a atenção de diversos estilistas para a moda inclusiva, como o francês Chris Ambraisse, que em 2007 lançou sua primeira coleção de moda inclusiva com 30 looks desfilados  por modelos com e sem deficiência em condições de igualdade. Chris se dedicou em trazer acessibilidade para o campo da moda, criando uma marca de roupas adaptadas às necessidades especiais dos deficientes físicos, a A&K Classics. Segundo ele, a marca busca trazer muita reflexão, objetivando a funcionalidade das roupas bem como a sua estética. Ele apostou em peças ergonomicamente projetadas para todo tipo de necessidade, com um sistema de abertura previsto para facilitar a circulação e a mobilidade, além de  elástico na cintura em vez de cós e botões, e velcro no lugar do zíper, o que facilita a troca de roupas.

A Moda Inclusiva já é um foco de estilistas na Europa e Estados Unidos. O Brasil também começa a enxergar nesse novo ramo não apenas um processo de inclusão, mas também um mercado em potencial. “Acredito que a inclusão no mundo fashion traz benefícios para as duas partes. É um bom negócio, gerador de auto estima, e faz com que a moda cumpra o papel de  permitir que todos se expressem através de um ato comum e diário, o vestir”, afirma a Lu Jordão, editora do blog Duas Moda e Arte, destinado à moda inclusiva. Ao lado de sua irmã Cris Jordão, a blogueira divulga informações sobre moda e possui um espaço reservado para as pessoas com necessidades especiais. “Hoje somos uma sociedade voltada para a imagem. Somos avaliados à primeira vista, pelo que vestimos ou como vestimos. Quando você promove a inclusão e a acessibilidade, é certeza que está promovendo uma sociedade melhor para todos”, completa Lu.

Um exemplo recente ocorreu em Porto Alegre e também contou com a divulgação das blogueiras, a participação de uma cadeirante durante o desfile da estilista Vitória Cuervo no Dona Fashion Iguatemi, um dos mais importantes do Sul do país. Vitória, que já tinha feito o seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de Design de Moda da Feevale sobre moda para cadeirantes pôde colocar em prática o que havia estudado. “A maneira que nos vestimos expressa muito quem a gente é. E se uma pessoa não tem acesso ao que ela gostaria de usar, como vai poder expressar isso? Em todas as minhas coleções, farei algumas peças adaptadas”, observou a estilista.  Diversos blogs divulgam de maneira positiva o trabalho da estilista, inclusive blogs relacionados aos PcDs, e ela reforça que esse é apenas o início de um trabalho.

No mês de junho desse ano, o governo de São Paulo promoveu pela segunda vez o Concurso de Moda Inclusiva para pessoas com deficiência. O desfile ocorreu no museu da língua portuguesa. Modelos com deficiência tomaram a passarela e desfilaram roupas que unem estilo, praticidade e conforto, apresentando características que visam facilitar o dia a dia dos PcDs, como calça com abertura lateral em velcro, bolsos em locais acessíveis, botão magnético (que se unem em ímãs), costura e zíper na lateral, sapato com solado antiderrapante e etiqueta com numeração descrita em braile.

Esses são exemplos que mostram a flexibilidade nos padrões exigidos pela indústria da moda, a necessidade de incluir as pessoas com limitações físicas no mundo fashion, além de abrir as portas para um novo segmento. Assim, a moda cumpre seu papel de incluir, aproximar e valorizar as pessoas. “Todo mundo tem o direito do acesso à moda. Todo mundo quer e deve se vestir de acordo com seu gosto, seu estilo. Quem não gosta de se sentir bonita, desejada? A moda é democrática e seu papel é cada vez mais importante na sociedade. Todo mundo fala em moda. Em todas minhas coleções, farei algumas peças adaptadas. A minha idéia é justamente incluir. Fazer para todos”, completa Vitória.

Post by Jéssica Maia, 20 anos completados hoje, no Twitter: @gee_maia e no Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=1058122853

e Paola Barbosa , no Twitter: @pazinhabarbosa

Site com entrevistas: http://tendenciamoda.hd1.com.br/6.html

 

Nota do Blog: Entendemos que a cada grupo que move seu olhar numa nova direção, damos um passo para uma moda e uma sociedade baseada na diversidade, com bases na ética, na igualdade de oportunidades e, principalmente agregadora, conectando todas as pessoas a situações que promovam recursos financeiros, educação, cultura e auto estima. É nisso que acreditamos.É nisso que investimos nosso tempo, nossas energias, nosso trabalho. É na formação de uma nova geração ética e inclusiva que pensamos… E, na transformação de tudo o que se vê e que não condiz com essas bases.

Moda Inclusiva – Eventos que Mostram Inclusão na Prática

Moda Inclusiva, assim como a sustentabilidade são os dois desafios da mundo fashion! Um novo olhar… Desfiles inclusivos mostram na prática que o preconceito quando é quebrado permite igualdade de oportunidades…

Este será um post muito especial sobre Moda Inclusiva – o novo olhar, a moda para todos! Aconteceram dois eventos  em que a inclusão fashion foi praticada, saindo dos belos textos teóricos, unindo Pessoas com Deficiência (PcD) e o mundo fashion. Vamos falar sobre os dois eventos aproveitando para divulgar três espaços lindos, inclusivos, antenados e riquíssimos em informações para aqueles que entendem a necessidade de viver a inclusão.

Um deles, já sou “fã de carteirinha”, o Blog da Audiodescrição. Paulo Romeu fala sobre a importância da Inclusão Cultural por meio do recurso da Audiodescrição, divulgando eventos, informações e registros de como caminha o cumprimento das leis a este respeito. Uma luta conduzida de maneira tão especial e digna que me conquistou. Nunca mais larguei o blog!!

No dia 01 de setembro, Paulo divulgou o Desfile de Moda com Audiodescrição em Limeira, ocasião em que pessoas cegas puderam sentir e praticar a moda inclusiva trabalhando sua auto estima e provando que não existem limitações. O impedimento real é o preconceito, que ao ser vencido, permite estabelecer o elo da igualdade de oportunidades.  Veja toda a cobertura do evento pelo link: http://blogdaaudiodescricao.blogspot.com/2010/09/cegos-desfilam-moda-da-inclusao-em.html .

Descrição das imagens: montagem com duas fotos, a primeira num plano distante 10 alunos acompanhando 10 PcD, reunidos na passarela onde será realizado o desfile inclusivo. Na segunda há um close de uma jovem aluna trajando saia preta, camiseta branca, acompanhando durante o percurso de desfile uma senhora cega que desfilou com blusa estampada fundo bege e flores em tons de rosa e verde  com calça preta. As duas estão sorrindo.

O segundo evento foi coberto por um outro espaço muito especial que Paulo Romeu me apresentou hoje, o Blog Conhecer Para Romper as Barreiras do Preconceito, da Psicóloga Cíntia Firmino, que divulgou a 1ª Mostra Cultural e Feira de Noivas & Debutantes, em São Bernardo do Campo, que aconteceu em junho, ocasião em que cadeirantes desfilaram lindamente em igualdade de oportunidades com as demais modelos participantes do evento. Conheça detalhes do evento neste link do Blog da Cíntia: http://rompendobarreiraspreconceito.blogspot.com/2010/09/modelos-cadeirantes-surpreendem.html

Descrição de Imagens: Montagem com duas fotos. A primeira em preto e branco, num plano distante mostra três modelos cadeirantes na passarela, com vestidos de noiva. A primeira com vestido mais longo, a segunda e terceira com vestidos mais curtos. A segunda foto é colorida e mostra um close da modelo cadeirante sorrindo num vestido de noiva longo, decote tomara que caia e cabelos elegantemente presos. Ao fundo da passarela vemos um banner rosa com o nome do evento e, ao lado esquerdo vemos parte da platéia.

Lendo a matéria de Cíntia, descobrimos as fotos da Fotógrafa Kica de Castro e chegamos a outro cantinho muitíssimo especial, o Blog da Fotógrafa que definiu a inclusão de maneira curta, leve e prática: “beleza e deficiência física não são duas expressões contraditórias” e, seu trabalho tem por missão tornar essa afirmação algo concreto. Kica é a gestora da única agência de modelos com deficiência no Brasil, inserindo-os no mercado publicitário. Ao ler o blog da Kica, o ambiente lindo, acolhedor, com uma proposta forte e extremamente bem definida, imediatamente meu “coração fashionista e inclusivo” foi aquecido! Visitem seu blog e sejam contaminados pelo vírus da inclusão : http://kicadecastro.blogspot.com/ . Faremos contato com Kica para tentar um entrevista!!

Como já registramos, nosso Blog tem por objetivo a divulgação da Moda,  da Arte, da Sustentabilidade e da Dignidade Social, por meio da inclusão. Nos apaixonamos pela Moda Inclusiva e pela Inclusão como um todo… A inclusão não é um simples sentimento… Entendemos como uma postura que faz nosso universo sair de nossas próprias necessidades e realidades, buscando entender moda como um todo – outras necessidades e outras realidades. Vivemos numa sociedade onde somos julgados por nossas características físicas. Nossa sociedade infelizmente condiciona o poder de executar ou de não executar, o normal e o não normal, o belo e o não belo ao que nossos olhos vêem. Nesta postura, limitamos e nos tornamos limitados…

Neste momento vamos trabalhar nosso grau de inclusão… Vou perguntar e pedir que você leitor (a) responda intimamente (a  boa e velha reflexão) – Qual é o seu sentimento ao ver num blog de moda e arte, de uma pessoa que não tem deficiência, fotos de pessoas cegas e cadeirantes em passarelas?? Será que passa por suas reflexões que mesmo sem poder enxergar, pessoas cegas gostam de andar em harmonia com as cores? Que gostam de vestir-se bem e serem elogiadas por sua aparência? Passa pela sua cabeça que essas pessoas tem direito a informações sobre moda, tendências, texturas? Já pensou que um cadeirante está totalmente apto a entrar em qualquer loja de roupa, receber um atendimento digno, ter um provador acessível e ao final sair com suas comprinhas  feliz por ter suas necessidades atendidas? Passa pela sua cabeça que esses consumidores hoje ocupam uma boa fatia do mercado de trabalho (consequência das leis estabelecidas) e movimentam recursos que os tornam um segmento promissor a ser trabalhado? Será que o direito de escolha em relação ao estilo, cores das roupas e tipos de sapatos foi tirado das PcD? Ou nunca lhes foi concedido este direito? Já pensou que PcD podem gostar que você se interesse por elas, por sua forma de sentir, de ver, de viver? E mais, passa pela sua cabeça que PcD se interessam pelo que você tem a dizer e a perguntar? Ou, você acha que a ausência da luz ou movimentos limitou essas pessoas a respostas negativas para todas as reflexões anteriores? Pode acontecer também de você chegar a conclusão de que nunca pensou ou lembrou da moda vinculando-a a PcD. O fato é que essa fatia da população, por puro preconceito ou até mesmo pela falta de informação, para a indústria da moda  fica distante deste universo fashion…

Entendemos que a moda tem dois grandes desafios nestes tempos : Sustentabilidade – a harmonia da indústria têxtil com a natureza e, a Inclusão – fazer com que o mercado da moda enxergue PcD como potenciais consumidores que são e não como pessoas dependentes também na hora de escolher uma roupa – são aproximadamente 25 milhões de pessoas…

Estava lendo um texto da Pedagoga Karina Pagnez que dizia assim: “O conceito de normalidade, que é um atributo do sujeito a partir de critérios externos e sociais. Dessa forma, o normal e o anormal não se encontram dentro da pessoa, mas fora dela; ou seja, é aquilo que os outros percebem nesse indivíduo. Esse conceito é compreendido da seguinte forma: alguma coisa é normal. E o que é o normal? Aquilo que faz parte da normalidade? Isso está dentro de mim ou fora? Isso é uma convenção social e não tenho que encaixar dentro dos meus padrões. Preciso lidar com as diferenças. Hoje temos dois grandes monstros: o preconceito e a discriminação”. (fonte: Portal do Setor3)

Concluímos que além dos dois grandes monstros já destacados no texto acima- preconceito e discriminação, existe também o monstro da estagnação pela falta de conhecimento ou informações. Entendemos também que as características externas ou físicas não devem ser usadas para medir a capacidade de realizar e sim, a necessidade de inclusão e acessibilidade visando o atendimento de necessidades diferentes garantindo assim a obtenção de condições de igualdade no dia a dia – mercado de trabalho, cultura, lazer, saúde, educação e moda (um direito garantido por lei e uma atitude de cidadania e empreendedorismo, nunca um favor). Incluir é legal, é justo e faz muito bem às duas partes. Experimente!

Este é um dos posts que mais tocou nosso coração devido ao fato de vermos atitudes práticas nos dois eventos citados sobre Moda Inclusiva. Perceber o avanço em atitudes e informações é fantástico! Visitem as fontes citadas e cresçam no conhecer e seguir conhecendo sobre inclusão. Lembre-se: você é parte deste processo diário!

Observação: A descrição de imagens é um recurso simples que permite às pessoas cegas “ler” as imagens e compartilharem da parte visual dos posts. Tente praticar isso em seus blogs! Afirmo uma coisa: é extremamente gratificante  compartilhar sem barreiras!!!

Post by Lu Jordão

 

Rapidinhas – Lançamento de Grife de Bolsas – IÇÁ

Lançamento da grife de bolsas e acessórios IÇA. Um projeto com dignidade social e sustentável idealizado pelo escritório Rosenbaum®.

no dia 14 deste mês, na 18ª Paralela Gift, feira de design e produtos contemporâneos, será lançada a grife de bolsas e acessórios IÇÁ. A marca é idealizada pelo escritório Rosenbaum®   e fruto de parceria com o  Grupo de Mães Amigas da Casa do Zezinho (GMACZ), gerando ampliação de renda familiar para as mães costureiras.

Para gerar esta ação sustentável e comercial, o projeto contou com a parceria da empresa Cipatex, produtora de atoalhado de plástico que doou a matéria prima para confecção das bolsas e acessórios. O resultado? Digno, colorido, sustentável, justo e muito fashion!!!

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Conheça todos os detalhes do projeto no Blog da grife IÇA:

http://icabolsas.blogspot.com/

Vale demais a visita no blog da marca para conferir todo o desenvolvimento do produto que é comandado pelas designers Cristiane Rosenbaum e Roberta Crelier.

Créditos: Fotos do Blog da Marca IÇÁ

Post by Lu Jordão

Consuello Matroni – Uma vida comprometida com a sustentabilidade

Consuello Matroni é artista, estilista, artesã, ambientalista, educadora, divulgadora e incentivadora da reciclagem por meio de desfiles com roupas recicladas, mostras, oficinas, palestras e confecção de trabalhos especiais. Conheça seu trabalho e seus ideais aqui no Duas Moda e Arte!

Consuello Matroni é artista, estilista, artesã, ambientalista, educadora, divulgadora e incentivadora da reciclagem por meio de desfiles com roupas recicladas, mostras, oficinas, palestras e confecção de trabalhos especiais. Assim a estilista se define em seu site. Nós vamos além: Consuello é uma pessoa extremamente acessível, prática, decidida e com dois dons maravilhosos: o de fazer coisas lindas com as mãos (artesanal) e o de compartilhar isso com todos a sua volta.  As duas coisas não estão diretamente ligadas… Muitas pessoas tem um talento e não tem o dom de compartilhar, disseminar sua arte… Consuello tem. Além de ser estilista sustentável, ela tem projetos lindos onde educa e forma consciência sustentável, plantando dignidade ao formar novos profissionais. Quer que sua arte, seu trabalho tornem-se eternos? Forme discípulos, compartilhe, eduque…

E isso Consuello faz de maneira linda! Através do Eco Certo, um projeto que produz peças para montagem de artesanato e bijuterias, utilizando embalagens plásticas (que certamente seriam descartadas prejudicando o meio ambiente), de shampoo, condicionador, amaciante, óleo lubrificante de carros e outras, Consuello produz e fornece Kits para oficinas de geração de renda  beneficiando cooperativas de catadores, donas de casa, ongs, associações. Estas embalagens são adquiridas nas Cooperativas de Reciclagens de Guarulhos, e depois são higienizadas por mulheres que não tem como trabalhar fora. As Eco Peças são utilizadas na confecção de bijuterias, mosaicos, cintos, bolsas, cortinas, na customização de chinelos, camisetas, bolsas, e onde mais o artesão se permitir criar. E sobre o desing, foi desenvolvido uma tecnologia de corte para que o acabamento seja perfeito. Com design próprio  para o artesanato, a Eco Certo tem uma variedade de 33 formatos: flores, corações, estrelas, pingentes, gotas, e outros em diversos tamanhos. Como sempre falamos: é moda, é arte, é sustentável e com extrema dignidade social. Um projeto pelo qual me apaixonei, muito bem elaborado e correto da origem até a conclusão.

Fizemos uma entrevista com a Consuello, que com sua arte chegou a programas de TV como Tudo é Possível, realizando um desfile sustentável e uma bela participação no Programa Ressoar, onde compartilhou seus ideiais sustentáveis, no Globo News e, teve peças do Eco Certo na novela Viver a Vida. Conheça um pouco mais sobre Consuello Matroni e sua arte aqui em nossa Galeria.

DMA – Onde nasceu? Onde mora hoje?

Consuello – São Paulo Capital. Hoje moro na Cidade de Guarulhos.

DMA – Consuello por Consuello?

Consuello – Pensa no meio ambiente,  principalmente no lixo e sua reutilização.

DMA – Defina para nossos leitores a  sua arte.

Consuello – Tenho um olhar voltado para materiais desprezados pela maioria das pessoas e procuro reutilizá-los criando novos objetos.

DMA – Como foi o início, a introdução no arte de reuso e sustentabilidade?

Consuello – Comecei em 1990,  porque implantaram no meu bairro a coleta seletiva experimental e então comecei a ver tudo que separavam para desenvolver meu trabalho.

DMA – Qual a técnica usada?

Consuello – Uso tudo que tenho conhecimento como crochê para trabalhar as fitas de vídeo, mosaico para fazer a união dos quadradinhos,  também criei uma técnica própria que batizei de “Reciclotô”.

DMA –  Como é seu processo de criação?

Consuello – Primeiro guardo uma quantidade de material para fazer uma roupa, depois em cima de um manequim de costura começo a construir a roupa. Estou sempre antenada nas tendências das estações.  Na Eco Certo estou sempre criando moldes diferentes e aplicando em peça piloto.

DMA – Qual sua matéria prima?

Consuello – Plásticos de embalagens usadas como shampoo, amaciante de roupas, cds, fita de vídeo, lacres, embalagens de ração, tampas e muito mais.

DMA – Qual a influência para o seu trabalho?

Consuello – Reutilização de material.

DMA – O que inspira a Consuello?

Consuello – As cores.

DMA – Como comercializa seus produtos?

Consuello – Pela EcoCerto comercializo as eco peças para artesanato. As roupas não vendo, só alugo para eventos. Também faço oficinas, desfiles, exposições, crio objetos, tudo com materiais reutilizados.

DMA – Como vê o artesanato e a posição do artesão no Brasil?

Consuello – Hoje vejo uma valorização do trabalho artesanal. Temos muita gente boa, cada um na sua área, mas também tem pessoas que trabalham sem se preocupar com a qualidade principalmente com materiais alternativos (tratando o lixo como lixo).

DMA – Um momento marcante na criação de seu projeto?

Consuelo – O meu primeiro desfile, descobri que era isso que me realizava.

DMA – Como a sustentabilidade influencia a vida de Consuello?

Consuello – Em tudo! Procuro educar, ajudar o meio ambiente e gerar renda para as pessoas envolvidas com o meu trabalho.

DMA – Vimos em seu site que você esteve e está presente em diversas mídias importantes. Foi difícil o reconhecimento trabalhando com o reuso e sustentabilidade?

Consuello – Tive sorte, a mídia sempre me apoiou. Acho que por ser um trabalho diferente.

DMA – Seus planos para o futuro, pode compartilhar conosco?

Consuello – Tenho convite para fazer em setembro um desfile nos EUA. Tenho o projeto  de criar a primeira escola prática sustentável para formar mutiplicadores.

DMA – Uma palavra para incentivar os artesãos, artistas plásticos e estilistas  que estão começando…

Consuello – Trabalhe desenvolvendo algo diferente, não desista quando encontrar obstáculos.

DMA – Algo que não perguntamos e que gostaria de falar?

Consuello – Agradecer a oportunidade.

Esta é Consuello Matroni. A resposta da estilista para seus projetos futuros, que destacamos em negrito, é a perfeita tradução da essência sustentável e digna de seu trabalho. Abaixo fotos dos trabalhos de Consuello.

Consuello, agradecemos sua presença em nossa galeria e desejamos de verdade que seus projetos sejam concretizados. São projetos que envolvem tudo aquilo que acreditamos: moda, arte, sustentabilidade e dignidade social com valorização do ser humano e comércio justo. Conte com nosso portal e aguardamos suas novidades!!

Saibam mais sobre o trabalho de Consuello:

www.consuellomatroni.com

Linha de bijuterias:

www.ecocerto.com.br

Programa Ressoar – Record:

http://www.youtube.com/watch?v=5gi8i_bugFo

Desfile no programa Tudo é Possível – Record (1)
Parte I: http://br.youtube.com/watch?v=11LOassKWKw
Parte II: http://br.youtube.com/watch?v=i_1mcOPCwkw

Desfile no programa Tudo é Possível (2)
Desfile de 28/09/08: Programa Tudo É Possível
Parte I: http://br.youtube.com/watch?v=3ocjy-8dzdI
Parte II: http://br.youtube.com/watch?v=_zqQ0TSd9tk

Reportagem na GloboNews
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1408507-17665-322,00.html

Post by Lu Jordão

Fotos: Divulgação

Moda Inclusiva – Berlim dá Exemplo de Inclusão Fashion

Semana da Moda em Berlim dá show de Moda Inclusiva. Imagem de Mario Gallo desfilando nos leva a profundas reflexões sobre moda, acessibilidade e inclusão.

[Descrição da Imagem: Modelo Mario Gallo com perna mecânica, desfilando na passarela trajando casaco preto, bermuda jeans e sapato tipo mocassim marrom. Há um close da perna mecânica mostrando os detalhes].

Recebi esta imagem em mais um delicioso e-mail da Socióloga Marta Gil, que como eu já disse, tem nos “incluído” no universo da Moda Inclusiva e da Inclusão como um todo.

Este foi um dos desfiles da Semana da Moda em Berlim, da marca Starstyling, na Alemanha. Mario Gallo é modelo e desfilou peças da coleção da grife (que por sinal, tem coisas muito interessantes em seu site). Vamos refletir? Olhando a imagem, que reações ou pensamentos ela provoca em você? Vou responder por mim.

  • Minha reação inicial: Vibrei com a superação das duas partes – modelo e grife.
  • Meu primeiro pensamento reflexivo: Achei maravilhosa a atitude da marca ao colocá-lo para desfilar de bermuda, não “camuflando” sua realidade – Isso de fato é a verdadeira inclusão! Mario é um modelo muito bonito… A marca poderia ter colocado uma calça comprida para que ele desfilasse… Mas, não!
  • Meu segundo pensamento reflexivo: Houve inclusão fashion de verdade, com demonstração na prática de que a diversidade é linda e que não impede Mario e nenhuma outra pessoa de executar seus objetivos.
  • Meu terceiro pensamento reflexivo: O que realmente pode nos impedir de praticar a inclusão? Em primeiro lugar não pensar, não refletir e não conhecer nada sobre o assunto. Em segundo lugar, achar que isso é assunto só para PcD (Pessoas com deficiência). Em terceiro lugar, não sentir-se parte de um processo que é para TODA a sociedade, em todas as esferas – lazer, cultura, moda, educação, saúde,trabalho, TV, Internet…

Quero discorrer neste segundo post de “Moda Inclusiva” sobre este terceiro pensamento reflexivo: “O que nos impede de viver a Inclusão?” Em primeiro lugar quero deixar claro mais uma vez que não sou uma especialista graduada em acessibilidade e inclusão… Mas,  por um encontro maravilhoso neste rico mundo virtual com duas pessoas muito especiais – Paulo Romeu do Blog da Audiodescrição e a Socióloga Marta Gil,  a inclusão social – principalmente na área de moda, passou a fazer parte de mim… Acho importante e gratificante demais poder disponibilizar espaço em nossas mídias compartilhando este conhecimento, essa necessidade e esse direito que todo ser humano tem: acessibilidade e inclusão.

Acessibilidade é um direito de todos e não um privilégio. Segundo o dicionário, é um substantivo que denota a qualidade de ser acessível. Mas, quando falamos em acessibilidade em contato  e ouvindo PcD, percebemos a amplitude do assunto. De acordo com a Campanha Acesso de Humor (veja selo “Incluvírus” em nossos blogs, clicando nele você chega ao material esclarecedor do Planeta Educação), “A acessibilidade é muito mais que uma rampa ou uma guia de calçada rebaixada. Ela deveria estar presente nas comunicações, TV, educação, trabalho, lazer e cultura. É ela que permite desfrutar, com autonomia, facilidade e dignidade, dos produtos e serviços que a sociedade oferece, em todas as áreas.”

Acessibilidade para quem? É bom andar em uma cidade com buracos? É confortável e seguro subir em ônibus com degraus altíssimos, com bolsas de compra ou carrinhos de bebê? Idosos que se deparam com a insegurança de escadas ou degraus irregulares, sem rampas para chegar ao seu destino? Elevadores com portas apertadas onde é impossível circular com um carrinho de bebê? Pisos que ofereçam riscos para crianças e gestantes? Você já ouviu falar de senhoras que prendem seus saltos altos e finos em escadas rolantes ou pisos irregulares e brigam por reparos junto aos empreendimentos que “causaram” o transtorno? Pois é… Estamos falando de pessoas que não usam cadeiras de rodas, que não são cegas… Pessoas que precisam de uma cidade que ofereça qualidade de vida. Chegamos a conclusão que acessibilidade é bom para TODOS. Para a PcD é um DIREITO (nunca um favor), a única maneira de ter autonomia, dignidade e INCLUSÃO. Promover acessibilidade é gerar oportunidades para que todos tenham condições de explorar os ambientes, serviços, cultura…  Vejam exemplos práticos de não acessibilidade que presenciamos em nosso dia a dia:

Acessibilidade em Moda: Vimos lojas onde é totalmente impossível um cadeirante circular para comprar roupas… São tantas as araras que fica claro que o cadeirante não foi lembrado naquele cenário… Estivemos observando os provadores de todas as lojas que entramos nestes últimos dias e percebemos que cadeirantes não conseguem experimentar roupas nos mesmos – são apertados… Alguns, até para mim foram desconfortáveis! – Estes já são pensamentos de inclusão e acessibilidade, que aos 30 e poucos anos passei a ter… Nunca é tarde, viu??

Acessibilidade em operadora de telefonia: Quando somos “contaminados pelo bichinho da inclusão”, como Paulo Romeu se referiu a este novo olhar, passamos a ficar atentos a tudo… Estava numa operadora trocando meu celular e entrou um rapaz surdo e mudo, comunicando-se pela linguagem de libras. Havia alguém preparado na e-nor-me operadora para atender ao jovem? Não! O rapaz, constrangido, puxou um papel onde certamente estava escrito o que o levara a loja… Mesmo assim as adaptações em seu aparelho não foram feitas por algum motivo. Falando sobre esta experiência com Paulo, do Blog da Audiodescrição, sabiamente ele me devolveu outra forte reflexão: “Lu, imagina esta pessoa chegando ao hospital sem conseguir fazer entender o que sente para obter socorro?”  Você já refletiu sobre essas coisas? Já refletiu de que maneira você, sua mídia, seu trabalho podem ser úteis para falar e praticar acessibilidade e inclusão??

Acessibilidade e Inclusão em Livrarias: Todo final de semana tem café e livraria com minhas filhotas. Amamos ler e todo esse universo que envolve os livros… Estávamos numa grande livraria aqui no RJ quando minha filha achou um livro escrito e braille. Ela já sabia do que se tratava porque sempre falamos sobre diversidade e inclusão com elas (dentro da linguagem acessível para suas idades). Achamos muito, mas muito importante estar abertos para a diversidade – é inteligente porque estimula a troca e  crescimento! Minha filha, movida pela curiosidade, procurou outros livros escritos em braille. Não achou! Procurou a atendente e perguntou onde poderia achar os outros. Para sua surpresa, aos sete anos de idade, descobriu que em uma livraria enorme, só havia um livro escrito em braille. Questionou a vendedora, que respondeu: “mas você não precisa deste tipo de livros” [Ui! Doloroso]. Minha filha respondeu: ” Mas tem crianças que precisam… Elas nem dever estar aqui porque já sabem que não tem livros pra elas…” E, seguiu para casa nos questionando “Como vão fazer as crianças que precisam ler com os dedinhos mãe, com um livro só??”

Para que haja a Inclusão, é necessário que a diversidade seja respeita, proporcionando a TODOS o direito de conviver no mesmo espaço, com dignidade e autonomia. Mario Gallo conseguiu vencer os “bloqueios fashions” [inclusive a ditadura da estética] e exercer seu ofício em condições de igualdade com os demais modelos que desfilaram para a marca Starstyling na semana da moda em Berlim. Para isso houve de um lado a força de Mário em não se fechar nas suas dificuldades, de outro, a atitude da grife em praticar a INCLUSÃO e, assim, esta palavra saiu dos textos e foi praticada em sua essência, gerando essa imagem linda que temos no início do post.

Para finalizar este segundo post, deixo claro que ainda tenho muito a aprender e, além dos contatos já mencionados neste post, estaremos também em contato com o CVI – Rio objetivando usar nossos blogs de uma maneira bem efetiva abordando com clareza a Moda Inclusiva de maneira real, leve e prática. O Centro de Vida independente tem por objetivo contribuir para a formação de uma sociedade inclusiva.

Visite alguns sites que podem proporcionar esclarecimentos, experiências e um novo olhar sobre Acessibilidade e Inclusão:

Centro de Vida Independente:

http://www.cvi-rio.org.br/novo/

Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas:

http://www.amankay.org.br/home/index.php

Site Bengala Legal (textos maravilhosos!!)

http://www.bengalalegal.com/

Blog da Audiodescrição (Registros, informações depoimentos sobre a luta pelo acesso pleno a cultura em cinemas, TV e teatro):

http://www.blogdaaudiodescricao.blogspot.com/

Que a imagem no início do post possa fazer você refletir sobre o tema Moda Inclusiva e Inclusão como um todo! Você é parte desse processo… Eu sou parte desse processo!

Foto: Site Uol e Fonte de Pesquisa: Acessibilidade e Inclusão – Planeta Educação

Post by Lu Jordão

Natural Fashion ::::: Modelo de Empresa Têxtil Social e Ecologicamente Correta

Sempre que vamos escrever sobre uma empresa, estilista, artesão ou qualquer tema que abordamos, nos perguntamos: é artesanal (feito a mão, pessoal)? É sustentável (preserva o meio ambiente)? Atua com dignidade social (valoriza seus colaboradores com comércio justo e sem exploração de mão de obra)? Em relação ao Grupo Natural Fashion a resposta foi totalmente positiva para todos os questionamentos expostos. Quando lemos um pouco sobre este modelo de empresa entramos em contato com a mesma e, a Presidente, Maysa Motta Gadelha gentilmente nos respondeu disponibilizando seu departamento de marketing para liberar o material necessário objetivando esta  matéria.  Alan Oliveira, do Núcleo de Marketing Orgânico, nos atendeu para que pudéssemos entender todo o funcionamento da Natural Fashion. Mais uma vez fazemos questão de destacar que este não é um post comercial. Vimos, entendemos e amamos a estrutura, compromisso social e missão da Natural Fashion e achamos muito importante disseminar sua filosofia pois a mesma só tem a acrescentar e agregar valor… Marketing positivo para eles, que possuem um produto correto de ponta a ponta! Só postamos aquilo que amamos, acreditamos…

Podemos definir a Natural Fashion como uma empresa modelo do mercado têxtil, com comercialização de produtos orgânicos e justos socialmente. Produtos orgânicos pois seu algodão já nasce colorido, resultado de uma parceria com a EMBRAPA, que desenvolveu melhoramento genético do produto, decorrente do cruzamento do algodão colorido primitivo (existente a milhares de anos nas cores verde, marrom, vermelho, bege e branco) com o algodão seridó, possuidor da fibra mais longa e resistente do mundo, permitindo a fiação por máquinas extremamente modernas do setor têxtil. Esse algodão tem plantio e colheita manuais resultando num produto limpo, além de manter solos e lençóis freáticos livres de elementos estranhos – substâncias químicas que prejudiquem o ecossistema. Produtos justos socialmente porque não utilizam mão de obra infantil e sim prática da agricultura familiar, bem como a utilização da mão de obra de cooperativas, clubes de mães e associações de bairros da periferia de Campina Grande. Ou seja, o plantio e a colheita são feitos por pessoas da região de maneira a gerar recursos para as famílias locais. O artesanato local ( crochê, macramê, renascença, bordado manual, aplicação, tecelagem manual) também é utilizado valorizando a cultura nordestina e gerando recursos para a própria mão de obra existente na cidade – dignidade social. Um processo correto do início ao fim,  que tem como resultado moda masculina, moda feminina, moda infantil, acessórios, itens de decoração, brinquedos…

Verificando o site da Natural Fashion ( que superindicamos!!), os vídeos postados lá, a exposição de toda a forma de funcionamento da empresa, podemos afirmar que junto com o algodão que já nasce colorido, nasce também a valorização de um povo, a valorização do artesanato e a esperança em todos nós, de que outras empresas caminhem nesta direção: comércio justo e sustentável.

Quer saber ainda mais? Visite o site que é rico em informações, vídeos, fotos dos produtos. Conheça um pouco mais sobre moda sustentável e de qualidade.

http://www.naturalfashion.com.br/

A Natural Fashion tem sede em Campina Grande, na Paraíba – Rua Almeida Barreto n.º 410 e seu telefone de contato é (83) 3337-7007.

Obrigada a Maysa Motta por nos atender tão gentilmente e, sempre que tiver novidades, conte com nosso canal!

Post by Lu Jordão

Próxima matéria com Arte Viva Biojóias. Uma entrevista muito especial com Marília Rabello e sua grife totalmente sustentável!

SPFW – Ronaldo Fraga e o Artesanal

Ficamos alucinadas ao ver a parceria (inclusão e dignidade social) de Ronaldo Fraga que teve detalhes e parte de seus looks produzidos por uma cooperativa de bordadeiras de Passira, pequena cidade do agreste pernambucano e, rendeiras da Paraíba. O ressultado foi delicado, artesanal chic e emocionante… Ronaldo é dono de uma moda autoral e com identidade bem brasileira. O trabalho com as bordadeiras de Passira (PE), e com as rendeiras de Monteiro (PA) resultou na recuperação,  tradução e valorização do ofício que é a fonte de renda de muitas famílias. Assim, as peças são únicas e ricas em detalhes de pontos-cheio, pontos-sombra, crivos, matames e rendas renascença. Quem ama a junção de moda e arte, se encanta pelo trabalho de Ronaldo Fraga. O artesanato brasileiro foi prestigiado por Ronaldo mais uma vez.

Lindo resultado! Fashion, pouco industrial e com valorização do artesanal.

Post by Lu

Renata Campos – Glamour? Sim! Glamurosamente Sustentável!

Já avisamos que este post será bem grande! Impossível limitar tantas informações, criatividade e a força de um trabalho em poucas linhas. Para isso temos este espaço: para falar abertamente, com riqueza de informações e imagens sobre aquilo que tanto amamos: MODA, ARTE, SUSTENTABILIDADE e DIGNIDADE SOCIAL.

Em nossas viagens pelo mundo virtual, chegamos ao site de Renata Campos – publicitária, ex-bailarina clássica e agora designer de roupas e acessórios, proprietária do Atelier que ambienta as peças de sua grife RENATA CAMPOS – DESIGN SUSTENTÁVEL. Como se não bastasse este currículo, nossa matéria de hoje, encontrou uma mulher forte, determina, arrojada, cheia de ideais de sustentabilidade passando por grandes doses de glamour. Como já falamos, eu Lu, só escrevo sobre aquilo que acredito, que me encanta, que me conquista. Não fazemos posts comerciais. Explorando as imagens no site de Renata,  bolsas, carteiras e cintos, fiquei encantada com a diferença do “couro”. Pois bem! Não era couro. Pulei, saltei, literalmente me revirei quando vi que Renata reciclava câmaras de ar – isso mesmo, de pneus! Este material, leva até 700 anos para se degradar no meio ambiente. Tomada pela inquietação que sua arte me causou, imediatamente passei um e-mail para Renata, apresentando nosso portal e solicitando autorização para publicar sobre seu trabalho. Renata nos deu esse presente e fizemos uma entrevista muito rica com a designer. Mergulhamos em seu mundo, em suas idéias e o que era a paixão por sua arte, se consolidou e virou amor! Vamos a entrevista:

DMA – Onde nasceu? Onde mora hoje?

RC – Sou nascida e atualmente moro em Limeira-SP

DMA – Renata por Renata?

RC –  leonina, completando 35 anos em agosto, mãe de dois boxers e um gato,   com o coração feliz junto de meu “Namorido” – um incentivador de minha arte e de minha vida, publicitária e, digamos curiosa. Sou uma pessoa determinada. Na minha vida, tanto pessoal como profissional, faço e busco aquilo que acredito. Sou do tipo que não consegue trabalhar ou vender algo que eu não compraria. Sou uma ex-bailarina clássica e creio que a dança me ensinou a ter disciplina, perseverança e foco. Sou formada em publicidade e propaganda, mas abdiquei há um tempo e hoje vejo a moda como, além de todo o glamour, um meio de comunicação. Procuro ser justa. O justo, por si só é bom. Aproveito todas as oportunidades que a vida me oferece para aprender, seja lá o que for, com quem e em qual situação. Somos eternos aprendizes! Entendo também, que não estamos aqui a passeio ou a turismo. Temos e devemos fazer a nossa parte e contribuir com a evolução, em termos gerais. Sou uma muito positiva e entendo Deus como a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Acredito que o mal é aparente e o bem é real e que nada é por acaso!

DMA – Renata Campos (sua grife) por Renata?

RC – Não há mais o que ser inventado. Partindo dessa premissa e tentando contribuir com o meio-ambiente de alguma forma, desenvolvemos acessórios de moda a partir de câmara de ar reutilizada. Retiramos do meio-ambiente um material que, estando exposto na natureza demora de 500 a 800 anos para degradar-se e, enquanto isso libera gases tóxicos que poluem o solo e os lençóis freáticos, além da questão dos criadouros da dengue. Podemos considerar que cada peça seja única, pois são feitas uma a uma e, cada uma apresenta características próprias: marcas do tempo, remendos, marcas deixadas pelo pneu… “Renata Campos – Design Sustentável” é uma marca que utiliza não só a criatividade como ferramenta no desenvolvimento das peças, como também a inovação a partir da diminuição da produção de lixo. Não produzimos carbono, pois 95% do trabalho é manual e depende do capital humano para acontecer. Por isso, podemos dizer que cada peça é “filha única”, pois carregam consigo diferentes histórias.

DMA – Como foi o início, a introdução no trabalho de reaproveitamento?

RC – Desde criança, customizava minhas roupas, bordava os figurinos do ballet, tingia as meias… Sempre fui fã da reutilização, da modificação das minhas peças de roupa. No início do atelier, em 2004, desenvolvia acessórios de moda, reutilizando lonas de caminhão. Certa vez, vi um vestido da Osklen (minha marca preferida), que tinha uma alça de látex. Adorei a idéia e a mistura com o tecido. Foi então que pedi, numa borracharia da cidade, uma câmara de ar e comecei a aplicar detalhes da borracha nas bolsas. a China, por sua vez, desenvolveu a lona sintética: material inferior a lona genuína, mais barato, porém piegas e que o consumidor, em geral, não sabia distinguir e comprava “gato por lebre”. Ou seja, me desencantei. como já trabalhava com câmara, decidi fazer uma peça e ver como o público reagiria. Foi ótimo! Começava uma nova etapa e claro, novos desafios a serem superados. Em 2006 comecei a fazer testes com a finalidade de melhor trabalhar esse material tão grosseiro, pesado, sujo. Resultado: na maioria das vezes as pessoas não percebem que não é couro e quando se dão conta, ficam maravilhadas! Por outro lado, ainda há pré-conceito e algumas pessoas estranham, acham cômico…

DMA – Como define sua arte?

RC – Ímpar, vanguardista, correta e inteligente!

DMA – Qual é a técnica utilizada?

RC – Modelagem, corte manual, costura à mão com agulha grossa e fio encerado.

DMA – Como se dá seu processo de criação?

RC – As vezes sonho com uma peça. Outras vezes, observando a arquitetura ou simplesmente um vaso, uma peça de decoração, acabo me inspirando.

DMA – Qual é a matéria prima utilizada?

RC – câmara de ar usada, ferragens nobres, tecidos diversos para forro e metais como: rebites, ilhoses.

DMA – Qual a influência para o seu trabalho?

RC – Na verdade, não fico presa a padrões ditados pela indústria da moda. Porém, isso não quer dizer que eu não goste ou me aproprie das tendências de moda. Tenho um estilo simples, mas gosto de peças autênticas.

DMA – O que inspira a Renata?

RC – Reduzir, reutilizar, reciclar = reinventar

DMA – Como comercializa seus produtos?

RC – Atualmente no atelier e pela internet.

DMA – Como você vê a sustentabilidade e a postura da moda diante dela no Brasil?

RC – A questão da sustentabilidade é uma necessidade, uma urgência mundial. Todavia, quando falamos de sustentabilidade sabemos que a questão do custo mais elevado também faz parte dessa realidade. De qualquer forma, vemos várias iniciativas acontecendo no Brasil e mundo afora. É uma realidade que mais cedo ou mais tarde teremos que adotar. É minoria ainda os consumidores que não se importam em pagar um pouco mais caro por um produto sustentável. Quanto à moda, existem várias empresas / marcas que também estão adotando matéria-prima sustentável, como é o caso da Osklen e Carlos Miele que utilizam algodão orgânico e jeans sustentável. o Brasil também está caminhando a passos largos na questão da reciclagem, perdendo apenas para a Alemanha.

DMA – Existe uma peça preferida (pela Renata)?

RC – Não. Cada uma tem sua história, seu momento. O que posso afirmar é que não consigo usar outras bolsas, senão as minhas…

DMA – Um momento marcante na criação de sua grife?

RC – Uma exposição que fiz na FECOMÉRCIO em 2007 (mostra/acessórios) e, uma cliente super antenada e visionária, enquanto conversávamos a respeito do meu trabalho me deu a idéia de acrescentar “design sustentável” como slogan.

DMA – Vimos que você cria vários itens em sua coleção. Algum deles se destaca?

RC – A bolsa capanga é muito bem aceita, pelo design e comodidade.

DMA – E os planos para o futuro, pode compartilhar conosco?

RC – Quero ampliar meu atelier, formando uma espécie de cooperativa de reciclagem de câmara de ar, contribuindo, não somente com a retirada desse material do meio-ambiente, como também na questão da geração de renda. Quero ser referência quanto ao trabalho de reutilização desse material, tanto aqui no Brasil como no exterior. Apesar da crise européia, vejo que esse mercado pode ser explorado. Adoraria desenvolver acessórios para serem utilizados nos grandes desfiles das semanas de moda no Brasil.

DMA – Uma palavra para incentivar aos que estão começando…

RC – Minha mãe sempre diz: “começo de angú é água!”, ou seja, acredite nos sonhos, finque os pés no chão e persista! Quando fazemos / trabalhamos com algo lícito, em que acreditamos e embasado na verdade e na honestidade, não há como não triunfarmos. O sucesso é questão de tempo!

DMA – Algo que não perguntamos e que a Renata gostaria de falar?

RC – Quero compartilhar minha eterna gratidão a Deus e a todos que me ajudam, me auxiliam… Agradeço imensamente esta oportunidade maravilhosa de falar um pouquinho sobre o meu trabalho. Sinto-me honrada e lisonjeada por ser convidada a integrar o rol das matérias desse blog tão bacana e inteligente.

Como moda é imagem, vamos ao editorial com as peças da Grife de Renata Campos. Inspire-se!

Gostaram do que viram? Nos encantamos com a história, trajetória, objetivos e resultado da arte sustentável de Renata Campos. Vale registrar que  no começo, ela percorria as borracharias de sua cidade em busca das câmaras. Renata nos explicou: [” Hoje, as adquiro de uma empresa (Mazola) que trabalha recolhendo e armazenando materiais que precisam de descarte correto, como: baterias, pneus velhos, câmaras de ar, embalagens de agrotóxico, etc. Também devolvo meu lixo, ou seja, o refugo que sobra dos meus cortes para essa mesma empresa, que me garante um certificado de descarte correto”]. Ou seja, o processo de reaproveitamento que Renata usa na concepção de  seus produtos é correto do início até o final.

Nesta matéria, trabalhamos para oferecer toda espécie de informação sobre o reaproveitamento de câmaras gerando um resultado com o aspecto lindo do couro porém, com a marca impressa de que a cada produto adquirido, além do estilo, você também incentivará a sustentabilidade, literalmente vestindo o ideal de um mundo melhor. Entendemos também que todo ideal tem que vir cercado de muito amor, dedicação e determinação.

Agradecemos a Renata Campos por gentilmente compartilhar em nosso portal seus conhecimentos de designer e de sustentabilidade, além de toda a carga positiva de seus ideais e determinação que são inspiradores. Quanto aos planos para o futuro expostos na entrevista, não temos dúvida de que você é e será a cada dia uma referência neste mercado. Que as grandes marcas vejam seu lindo trabalho agregando todo o valor do mesmo em suas passarelas. Sempre que tiver novidades, use este canal. Agora você é parte da Galeria Duas Moda e Arte. Receba nosso carinho!

Gostou de tudo que viu? Abaixo os contatos da Designer Renata Campos:

Site: http://www.renatacampos.com.br/

E-mail:  contato@renatacampos .com.br

Telefone:s: (19) 3702-9620

Ateliê : Rua Sargento Pierrot 123 – Centro – Limeira- SP

Algumas matérias sobre o trabalho de Renata Campos:

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/shopping-ecod/bolsa-renata-campos http://blog.ondequando.com/moda/2009/05/exposicao-do-lixo-ao-luxo—moda-consciente.html http://precisodevoceassnatureza.blogspot.com/2009/08/ideias-felizes-e-maos-de-fadinha-verde.html

Post by Lu Jordão.

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Créditos do Editorial:

FOTO: GIMENEZ
PRODUÇÃO: TATTY MEDEIROS (AGENCY ONE - LIMEIRA-SP)
MODELO: JÚLIA FERNANDES (AGENCY ONE - LIMEIRA-SP)
AGRADECIMENTOS: UNIÃO RESGATE.

Próxima entrevista com a Jornalista e Crafter Micheline Matos da Grife Samariquinha – Peças Únicas

Atitudes com Dignidade Social Pelo Mundo

Os Blogs Lu&Cris e Duas Moda e Arte, estão apaixonadinhos pelo The Trend Menu Blog. Estamos em contato com a querida Carol Aquino, uma brasileira morando em Barcelona e com paixão por moda. Abriu sua empresa, a Trend Menu e trabalha hoje com consultoria de tendências, passando uma visão muito abrangente do que rola lá fora.  No The Trend Menu, Blog da empresa, Carol fala sobre moda com uma abordagem muito esclarecedora. Sempre com posts ricos em boas imagens e informações e muito domínio sobre o assunto abordado. Sua forma de postar é jovem, esclarecedora e leve. Atualizado diariamente, o blog vem fazendo parte de nossa leitura e inspiração.

Aqui no Duas Moda e Arte como todos sabem, prezamos pela sustentabilidade e dignidade social. Carol Aquino postou no The Trend Menu, duas iniciativas partindo da moda, para dignidade social: o leilão de caridade organizado pela ONG Oxfam em prol de mulheres que vivem em extrema pobreza em países como Bangladesh, Índia, Sri Lanka, Congo, África Ocidental e África do Sul; a segunda forma de ajudar ao próximo através da moda é entrando no site de Diane Pernet, o ” Shaded View on Fashion” que se juntou à organização “Ctrl+Alt+Shift” para auxiliar jovens carentes e também engajar politicamente os jovens do mundo desenvolvido. Alexa Chung participa desta iniciativa.

Achamos muito interessante saber o que rola não só aqui em nosso país mas, pelo mundo, conhecendo atitudes que proporcionem uma dignidade social. Se houver arte e moda envolvidas, ficamos bem felizes.

Mais detalhes e links??

Visitem o The Trend Menu Blog: http://trendmenu.blogspot.com/

O post citado acima está neste link:  http://goo.gl/fb/vuB7M

O Twitter do The Trend: @trendmenu

Site da Empresa Trend Menu: www.trendmenu.com

Vale visitar e seguir o Blog e Twitter. Carol é muito atenciosa com seus leitores!

http://trendmenu.blogspot.com/

A citação feita foi com a gentil autorização da Carol Aquino. Muito importante ter autorização para reprodução de textos e fotos de outros blogs. Isso caracteriza ética e parceria entre os mesmos. Grata, Carol!!