Quer usar um bichinho quentinho nos ombros?

Sugerimos os de lã!! Peças incríveis da Donna Wilson, com ateliê em Londres, onde as “peles” que circulam por lá só podem ser em lã!

Produtos cheios de estilo circulam pelo Ateliê da jovem design – cachecois, almofadas, pufes – peças alegres e  divertidas.

Achei muito especial a forma como Donna Wilson apresenta suas peças em seu site. Fotos muito divertidas, condizendo com seu trabalho.

 

Um trabalho cheio de assinatura e identidade! Vale a visita em seu site.

Fica a “Dica da Duas”.

Por: Lu Jordão

Imagens: site Donna Wilson

Inspiração do Dia: OTRA

Acessórios são minha paixão! Quando unem arte, moda descolada e sustentabilidade acredito que a moda cumpre seu papel – atende aos propósitos da estética e do mercado fashion, com criatividade e, em harmonia com o meio ambiente.

Em nossas andanças pelo mundo virtual, chegamos a grife Canadense OTRA, com um linha de jóias feitas de pneus reciclados. O site da marca explica sua filosofia criativa assim: “A OTRA nasceu com desejo de criar a partir de materiais reciclados. A borracha é um verdadeiro desafio da indústria hoje. Na verdade os produtos de borracha são difíceis de reciclar, pois podemos transformá-los por aquecimento ou compactá-los. Na maioria das vezes os pneus acabam em aterros sanitários. A única reciclagem de borracha válida hoje em dia é mecanicamente quebrar o material, e reintegrá-lo em outros processos de fabricação. As aplicações mais comuns são as decorrentes do alcatrão, que é usado para revestimentos de piso de borracha para os esportes, colchões.”

O site também explica como se dá o processo criativo: “Nós coletamos os tubos nas lojas de reparação de bicicletas. Depois de limpos, cortamos tiras de larguras diferentes, utilizando uma ferramenta que criamos para este fim. Esses fios da borracha tornaram-se nossa matéria-prima e estão na raiz de todos os nossos projetos de jóias. Com essas tiras oferecemos formas de alta capacidade e padrões. Em nosso trabalho, mantemos o produto em seu estado bruto, sem lançar mão  dos produtos de borracha tais como solventes, tintas ou cola. Todas as jóias são montados com pinos e cabos de aço.”

Um processo correto do inclusive na execução do projeto. O resultado? Confira você mesmo…

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Aqui no Brasil, nos enche de orgulho a Grife Renata Campos, que transforma o peso do pneu em bolsas e acessórios luxuosos… O novo luxo! O novo couro! Veja aqui.

Por Lu Jordão

Fotos: site da OTRA

Fazendo Fita – A trama mais colorida que já vi!

Fazendo Fita, o ateliê que ambienta as tramas de Clice Freitas em peças cheias de cor e design. Bolsas, carteiras, vestidos, tops, pufs, almofadas… A técnica da cestaria com o brilho das fitas. Harmonia perfeita de cores! Conheça o Fazendo Fita.

 

Esta semana comentava com um amigo o lado bom e mágico da internet, que nos permite ir a todo lugar, nos permite tocar pessoas, nos permite conhecer pessoas. E foi isso que aconteceu entre o Duas Moda e Arte e o Fazendo Fita! Cheguei até Pernambuco (virtualmente), conheci a Clice [que adora “fazer fita” e o faz lindamente!] e, seu trabalho me tocou… Entrei em seu Blog… Namorei… Um comentário… Depois outro… (rsrs) E hoje, ela apresenta pra nós toda a essência que resulta nesta explosão de cores que me encantou. Cores, texturas – a arte fala por si! Cativa, conquista e quando você percebe, já tem admiração por quem cria. Clice, fotógrafa por formação e artesã por paixão, usa as técnicas da cestaria para tramar roupas e acessórios com fitas – cetim, veludo, tecido, coloridas, o charme do preto e branco, ou tudo preto! Não importa… Sua criatividade não tem limites… Veja que delícia de entrevista ela nos deu!

DMA – Clice por Clice
Clice – Sou pernambucana, casada e mãe, estudei fotografia mas vivo de artesanato, tranquila e tímida,  desorganizada e pontual, caseira e feliz(as vezes). TPM terrível, gosto de dias chuvosos, bicicleta,música, um bom livro e uma boa história! É assim que eu levo a vida, fazendo fita…

DMA – Como foi o início no mundo colorido das fitas?

Clice – A Fazendo Fita nasceu do meu desejo de viver de arte , de trabalhar com as mãos, de estar em contato direto com as cores e pessoas, e de dar forma concreta a cultura do lugar de onde venho.

DMA – Fazendo Fita por Clice…

Clice – É um novo conceito em artesanato, que agrega identidade cultural, design moderno e acabamento impecável num produto que cria desenhos diferenciados com suas cores e espessuras e, fugindo do comum, conquistam , agradam, e enaltecem, quem faz, quem usa, e quem vê!

DMA – Quais as técnicas usadas na criação dos produtos da Fazendo Fita?
Clice – Não tem segredo, o trançado é igual a qualquer cestaria, um por cima um por baixo, a parte difícil é o acabamento impecável, é o que faz a peça ter beleza e durabilidade, e disso eu não abro mão.

DMA – O que inspira a Clice?

Clice – A arte , as cores de Bottero, Dalí, Frida, Miró, Romero Britto, Tarsila, Ericson, Marcia dos anjos, Carol Machado e tantos outros! Cores, cores, cores, nas placas, nas fachadas, nas pessoas…

DMA – Como comercializa os produtos?
Clice – Na feira de artesanato mais charmosa do Brasil “Domingo na Rua” que acontece no antigo bairro do Recife, ponto turístico pernambucano. Também participo de feiras grandes como a “Fenearte” e “Recife vira moda” e vendo para algumas lojas mundo afora.

DMA –  Qual a sua visão sobre moda e arte?
Clice – Apesar de andarem próximas a moda é oscilante,inconstante e nem sempre justa. A arte é eterna. Na moda quem consegue subir o degrau passa a ser arte, como o tubinho preto de Chanel,ou o longo vermelho de Valentino, o biquíni brasileiro, o jeans de forma geral, t-shirt, são peças relativamente comuns mas eternas como arte.

DMA – Como nasceu o Blog Fazendo Fita?
Clice – O blog veio da necessidade de uma vitrine . A principio para postar os lançamentos mas, de um tempo pra cá , venho somando à vitrine algumas opiniões e sugestões, mas sem fugir  do motivo principal: divulgar meu trabalho.

DMA – Momento especial na criação de sua marca?
Clice – O Nome! Não podia ter outro nome, é o que eu vivo fazendo!

DMA – Observamos que em tudo o que você faz a harmonia das cores é perfeita. Tem uma peça favorita?
Clice – A minha peça favorita é o top, veste como um corselet e não há quem não fique lindamente feminina com ele.  Em qualquer cor.

DMA – Sustentabilidade na vida da Clice, como vive esse estilo de vida?
Clice – Como um estilo de vida realmente, no pessoal eu separo o lixo e o óleo de cozinha, não saio sem ecobag, e  uso o transporte coletivo e bicicleta sem preconceito. RECICLE-REUTILIZE-REDUZA. No ateliê já aboli as sacolas plásticas a algum tempo e só utilizo sacolas de papel. As sobras de fitas e tecidos viram matéria prima para peças menores como pulseiras e porta níquel. Mudar hábitos não é fácil, mas é por um bem maior então tem que ser feito!

DMA – Um sonho da Clice a ser realizado?
Clice – Eu tenho a sorte de ser boa no que eu faço, de gostar de fazer, e de ser paga por isso! Eu tenho mais a agradecer do que a pedir.

DMA – Onde sua arte já chegou? E onde mais quer chegar?
Clice – Minhas peças estão espalhadas por todos os cantos do mundo… Já vendi pra tanta gente boa daqui e de fora. No Brasil em todos os estados e no mundo! Já cheguei na argentina, Chile, Uruguai ,EUA, Canadá, Espanha,Portugal, Irlanda, Angola, França , Alemanha,Japão,Turquia, Itália, Noruega e alguns outros.

DMA – Os planos para o futuro, podem compartilhar conosco?
Clice – “Um dia de cada vez” serve pra eles, serve pra mim, serve pra todos!

DMA – Algo que não perguntamos e que gostariam de falar?
Clice – Acho até que falei demais… Eu gostaria de agradecer a gentileza e carinho de sempre. Um beijinho, Fazendo Fita!

Clice, agradecemos o carinho com nosso Blog e o compartilhar de seu mundo criativo e colorido conosco! Desejamos que você siga feliz e “Fazendo muita Fita”!

Quer conhecer mais peças da grife Fazendo Fita?

Flickr: http://www.flickr.com/photos/fazendofita

Loja virtual: http://fazendo_fita.elo7.com.br

Blog: http://www.fazendofita2.blogspot.com/

Post by Lu Jordão

Eco Moda e Moda Casa – Tear com Design por Prazeres Accioly

Eco Moda e Moda Casa – Na dose certa para a conexão do passado com o presente, do rústico com o clássico, e do nobre com o inesperado, Prazeres Accioly pesquisa, planejada e arquiteta, permeando pelas influências do interior de Pernambuco às tendências mundiais, sem deixar de lado o olhar preciso à brasilidade.

Recebi um e-mail de Pernambuco, da querida Ariella Dias –  Attiva Comunicação, nos apresentando um trabalho primoroso da designer Prazeres Accioly que uniu a arte do tear (que eu amo!) a materiais inusitados: matérias primas nobres, como a seda e o couro, ao lado de inesperadas, como a piaçava e até o fio de cobre.

O resultado? Bolsas e peças para a Moda Casa elaboradas artesanalmente, a partir de materiais da natureza com manejo sustentável ou de resíduos em reuso – Peças lindas e desejáveis!! Ah! E, BRASILEIRAS!

Prazeres Accioly é formada em Arquitetura pela UFPE e afirma que  “Trabalhar com o tear é um diferencial e esta arte milenar tem muito mais valor agregado se trabalhado com um projeto de criação, este pensado no Design com inovação“.

Na dose certa para a conexão do passado com o presente, do rústico com o clássico, e do nobre com o inesperado, Prazeres Accioly pesquisa, planejada e arquiteta, permeando pelas influências do interior de Pernambuco às tendências mundiais, sem deixar de lado o olhar preciso à brasilidade.

Este olhar da artista nos encanta com peças que nos remetem ao novo luxo: lindas, estilosas e em harmonia com o meio ambiente. Conheça algumas de suas peças.

Carteiras Mila confeccionadas em palha de seda e algodão (eu amei estas peças!!!!)

Bolsas Selva (apaixonada pela preta!!)

As bolsas Serafina, inspiradas na Savannah,  são elaboradas com seda rústica, seda DN, algodão e couro, num jogo de tramas em composição que remete à pele animal.

Coleção São João

Trilho em piaçava, Moda Casa

Deu para perceber por meus comentários particulares na matéria, que meu coração fashionista saltou!! Amo encontrar peças lindas, com design arrojado, sustentáveis e brasileiras! Vamos fazer contato direto com Prazeres Accioly e pedir uma entevista, mergulhando ainda mais neste mundo criativo lindo que Ariella nos apresentou. As peças são fortes, estilosas e com design indiscutivelmente desejável! Aguardem mais novidades.

Contatos:

Prazeres Accioly
Fone: (81) 3328.1494/ 8839.2461
prazeres@arteprimitiva.com.br

Post por Lu Jordão, sobre release de Attiva Comunicação

Fotos de Eduardo Siqueira e Rodrigo Accioly

Reciclagem Fashion – Bolsas e Clutch

O “re-design” da marca Nimli, de NY, que fez bolsas e clutch a partir da reciclagem de revistas.

São revistas? Sim! E viraram bolsas e clutch no mínimo inusitadas! O “re-design” da Marca Nimli, loja virtual nascida em NY, dedicada a fornecer produtos de estilo para o público que busca vida natural, orgânica e sustentável. Originais!

Por Lu Jordão

Joel Souza – A moda sustentável mudou o rumo de sua vida

Joel Souza – Um homem que se entregou para a arte. Tem o dom de modelar roupas com caimento lindo feitas de lacre e fundo de latinhas de refrigerante. A leveza da modelagem mesmo no metal…

Lembram do quarteto que sempre falamos aqui no blog? Moda, Arte, Sustentabilidade e Dignidade Social:  Joel Souza, um baiano que desde menino já trabalhava como ajudante de pedreiro para ajudar sua mãe. Seguiu trabalhando como pedreiro por 25 anos, até que um dia descobriu o talento de usar as ferramentas para moldar latinhas de refrigerante. Começou usando os lacres e sua primeira peça foi uma camisa, confeccionada em 2 meses de trabalho. A partir daí, mesmo com todos a sua volta questionando seu trabalho , preservou além da inspiração, a força e a determinação de acreditar em seus sonhos, em sua arte e num mundo melhor, sustentável. Usou e ainda usa a internet como forte ferramenta para divulgação de seu trabalho. Foi assim que chegou ao programa da Ana Maria Braga, na Rede Globo e, assim também chegou ao Duas Moda e Arte. Além da eco moda, destacou o projeto de uma revista que já teve a circulação de seu primeiro exemplar na Bahia – “O Lixo e seu Destino” com poesias que incentivam a preservação do meio ambiente.

Participa de feiras e eventos e em alguns já representou o Brasil entre outros 15 paises que apresentavam seus trabalhos na área de eco moda. Suas peças fizeram parte do cenário da segunda edição do filme “Ó Pai Ó”, na Rede Globo.

Um homem simples no falar, doce, gentil e cheio de sabedoria no ofício da arte, estilo e modelagem de peças que ganham espaço até entre as celebridades. Faz onze anos que se dedica a reciclagem e a eco moda. Conseguir dar forma e caimento a uma blusa, vestido ou saia feitos de lacre e fundo de latinhas de refrigerante é um dom. Nisso a arte me encanta: ela se doa aos que estão abertos para ela… Aos que se disponibilizam para ela… Aos que acreditam nela…

A partir daí, Joel ficou conhecido como o “Pedreiro que Virou Estilista”… É a maneira como todos o apresentam. É a maneira como ele mesmo se apresenta a nós. Esta apresentação gera uma curiosidade absurda de conhecer seu trabalho… Como? Dos tijolos e cimento para a modelagem de peças harmônicas e com caimento leve, apesar do material utilizado?

Analiso o assunto de maneira muito mais profunda. Em meu ponto de vista, o maior diferencial do Joel é sua disposição em permitir que a arte o use como instrumento para fluir… Seu trabalho traz uma mensagem de inclusão social e de sustentabilidade. A mensagem de que é possível sim fazer algo pelo meio ambiente. E, quando uma pessoa – seja ela pedreiro, arquiteto, designer, estilista ou em qualquer outra função que exerça – se entrega, se doa para a arte, a arte se manifesta através dela. Isso sim me encantou em Joel – sua capacidade de se doar para a arte e, a arte recebendo-o, fluindo através de suas mãos. E isso não é utopia. É real. Ele e tantos outros artesãos que passaram por aqui mostraram não só um trabalho, uma peça mas, todo o sentimento e conceito presentes nesse processo criativo. Quando você se envolve com a arte como um todo – base, inspiração, origem, conceito, concepção e resultado final, passa a ter um olhar muito mais amplo. Cada peça tem uma história. Por trás dela tem uma ou muitas vidas… Uma ou muitas mensagens.

Por isso, aqui em nosso Blog, jamais conseguiríamos fazer uma matéria simplesmente informativa. Queremos sim mergulhar no mundo do artista e sua obra, queremos sim entender o fluir de sua arte, ouvir suas mensagens, seus ideais, refletir, rever conceitos. Isso é crescimento, troca. Assim formamos uma cadeia forte, valorizando o que realmente tem valor.

A história de Joel? O homem que se entregou para a arte e para a eco moda. A sintonia dele com a arte é afinada, livre, perfeita. Uma mensagem de preservação, reciclagem, consumo consciente e determinação. Conheça o trabalho que flui das mãos de Joel Souza.

Além das latinhas de refrigerante que Joel recolhe em sua cidade para reciclagem, também utiliza tampas e lacres de garrafas pet e cartões telefônicos. O lixo ganha uma nova e bela destinação. Joel hoje trabalha com eventos – desfiles, exposições e, comercializa suas roupas, acessórios e cortinas por todo o país. Seu sonho? Crescer sem limites… O quanto sua arte permitir. Ganhar o Brasil e o mundo! O meio ambiente e nós, amantes da arte, agradecemos!!

Contatos de Joel Souza:

E-mail: joelmodasemetais1@globo.com

Telefones:  (71) 33983768 e (71) 88422236

Link do vídeo de sua entrevista na Rede Globo:

http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1614528-10343,00.htm

Joel, agradecemos por seus e-mails e por compartilhar seu universo criativo e  sustentável conosco! Conte com o Duas Moda e Arte par divulgar seu trabalho e eventos. Você é parte desta Galeria!

Post by Lu Jordão

Sapatos – A mania feminina com passos eco – Naya Shoes

A mania feminina com passos eco – sapatos estilosos com fabricação baseada em comprometimento ambiental – Naya Shoes.

Não podemos ser hipócritas e dizer que só usamos produtos sustentáveis – isso ainda não é possível!! Nem queremos essa postura de ser absurdamente corretos a qualquer preço!! O que queremos de fato é veicular informações que tragam conhecimento para consumidores e a todos que pudermos tocar com nossas matérias. A veiculação de informações, fatos e exemplos de como fazer uma moda antenada, fashion e correta certamente contribui para a boa e velha reflexão – como vivemos? Que mundo teremos nos próximos 10 anos?

Os sapatos, a mania de 9 entre 10 mulheres, é um dos itens que está no topo da lista de consumo feminino. E, dificilmente ouvimos falar em sapatos ecologicamente corretos aliados a um design estiloso. Este item fashion acaba tornando-se um território complicado para se caminhar com consciência ambiental… Esses dias conhecemos a loja Naya Shoes, com uma pega vintage que amamos e produtos com compromisso ambiental. Vejam o vídeo da grife que estiloso!!

A Naya trabalha com reciclagem de couro e tecidos naturais, colas a base de água, usa cortiça natural, procura criar solas com materiais naturais. Suas caixas tem 80% de papelão reciclado, tintas a base de soja e cola a base de água. Os sacos são reutilizáveis e as formas dos sapatos são feitas em pet reciclados.

O link da grife é: http://www.nayashoes.com/

Inspiradores os modelos! Conseguimos desvincular totalmente o ecologicamente correto da falta de estilo!  São peças com design estiloso e fashion.
Post By Lu Jordão

Thiana Santos – Artista Plástica que usa garrafas pet com sofisticação extrema

Thiana Santos, Artista Plástica de Recife que usa garrafas pet com sofisticação extrema!!

Um trabalho arrojado, cheio de estilo, design moderno e sofisticado, com assinatura forte, distinta e, cheio das suas convicções… Peças de um bom gosto tão absurdo que levam àqueles que não acreditam na reciclagem ou reuso com beleza e classe a refletirem sobre seus conceitos… Estou certa disso!

Recebi um e-mail da Artista Plástica Thiana Santos, de Recife… Visitei seu blog. Ao verificar seu trabalho fui tomada por aquela paixão que motiva-me a escrever somente sobre o que mexe comigo… O sentimento que me leva a fazer posts extensos com o registro de uma obra, de um artista, seus sentimentos, seus objetivos… O sentimento que move nosso blog ao acreditar que a arte, a moda, a sustentabilidade e a dignidade quando se misturam, resultam em equilíbrio e sucesso. Normalmente começo com a entrevista… Neste post, vou começar com os trabalhos de Thiana… Um trabalho arrojado, cheio de estilo, design moderno e sofisticado, com  sua assinatura forte, distinta e, cheio de  suas convicções… Peças de um bom gosto tão absurdo que levam àqueles que não acreditam na reciclagem ou reuso com beleza e classe, a refletirem sobre seus conceitos (principalmente os de consumo)… Estou certa disso!

Gostou? Então delicie-se com a entrevista de Thiana…

DMA – Onde nasceu?

TS – Sou natural de Recife, Pernambuco.

DMA -Onde mora hoje?

TS – Na década de 80, morei em Salvador, onde cursei a Faculdade de Belas Artes, atualmente moro em Recife.

DMA – Thiana por Thiana?

TS – Cristiana, apelido Tiana, por força da numerologia… Thiana. Geminiana, casada, 2 filhos. De família tradicional de artistas ligados ao teatro, cresci no meio de pessoas que valorizam a arte de maneira geral. Cursei Belas Artes, fiz cursos de pintura em porcelana, textura em parede, ouriversaria, porém, só depois dos 30 anos, descobri habilidade para desenvolver produtos, a partir da reulitização de materiais.

DMA – Defina para nossos leitores a  sua arte.

TS – Tenho como objetivo re-significar a reutilização de garrafas pet para o desenvolvimento de produtos artesanais, promovendo um resultado sofisticado e inovador.”

DMA – Como foi o início, a introdução na arte de reuso e sustentabilidade?

TS – Observando nas praças e parques, a quantidade e diversidade de material orgânico disponível no chão, sementes, folhas, vagens e palhas, comecei a coletar para montar móbiles com o objetivo inicial de ambientar minha varanda. Pronto, tomei gosto! As primeiras experiências com as garrafas plásticas (PET), surgiram a partir da necessidade de buscar novos materiais e da observação de grande quantidade deste material descartado no lixo urbano.
A questão da sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente são fundamentais no trabalho que realizo. Acredito que o artista/designer tem um compromisso, além da inovação e originalidade, com a prática de projetos e processos de produção responsáveis. Acredito que o designer tem um papel importante nesse processo de conscientização do consumidor responsável e por isso, temos o dever de desenvolver produtos de qualidade, aliado ao compromisso com as questões ambientais.

DMA – Qual a técnica usada?

TS – Foi através de experimentações, que adaptei as ferramentas que usava para produzir as jóias artesanais, passando a usar nas garrafas, descobri que é possível modificar a forma e a textura, dando uma nova “cara” ao Pet. Desenvolvi diversas texturas como: Fosca, Cristal e Névoa, aplicadas com uma máquina semi-profissional. A técnica do “sanduiche” de Pet, utilizada em alguns produtos que possibilita interferir com outros materiais como as sobras de tecidos, filetes de pet, restos de tecidos, etc…  Diversas técnicas de queima também são utilizadas, pois o Pet reage de forma diferente a várias ferramentas, por exemplo, o calor através da vela é diferente do calor através de uma chapa quente. Estou sempre pesquisando, experimentando ferramentas que possam trazer um resultado diferente, um acabamento perfeito, sem utilizar produtos que possam vir a modificar a essência do material, não uso produtos químicos ou tóxicos, como as colas, tintas e vernizes, que possam prejudicar o ciclo do produto. As peças podem ainda seguir para uma empresa recicladora. O produto que faço NÃO é reciclado, e SIM reciclável. Os produtos são desenvolvidos a partir da REUTILIZAÇÃO de garrafas Pet.

DMA – Como é seu processo de criação?

TS – No processo de criação, gosto de brincar com as formas e texturas, cortes e encaixes, vou experimentando… fico matutando… visualizo desenhos e deixo que os elementos me “digam” o que “querem” ser! As vezes acordo com flashes, soluções para executar algo, idéias de uso de ferramentas inusitadas, pois ainda não existem no mercado, ferramentas específicas para trabalhar com este material.

DMA – Qual sua matéria prima?

TS – Material orgânico: sementes, vagens e palhas.
Material lixo urbano: Garrafa Pet, lonas publicitárias, embalagens de desodorantes, entre outros.

DMA – A influência para o seu trabalho?

TS – Artistas, Designs, Arquitetos e Decoradores, são muitas as pessoas que de alguma forma influenciaram meu trabalho. Não posso deixar de citar, Janete Costa, Alejandro Sarmiento, minha família e amigos.

DMA – O que inspira a Thiana?

TS – Um novo olhar: “O estudo e a prática sobre o tema Consumo Consciente, somado a necessidade de um mercado sempre ávido por novidades, me levou a refletir sobre a responsabilidade do descarte de tudo que consumimos”. Consciente que a garrafa plástica é um componente do lixo contemporâneo que leva mais de 100 anos para se decompor, me dediquei à pesquisa para trabalhar este tipo de material.

DMA – Como comercializa seus produtos?

Atelier Thiana Santos (Recife)
Lojinha do MAMAM – Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (Recife)
Loja Refazenda (Recife)
Loja Mutações – Consumo Responsável (Rio de Janeiro)
Loja Projeto Terra (São Paulo)
Atendo a pedidos no Brasil e Exterior

DMA – Como vê o artesanato e a posição do artesão no Brasil?

TS – Artesanato, a meu ver, representa a riqueza de uma região, o saber fazer de um povo. Nos trabalhos que já realizei junto a comunidades, percebo que o artesanato é uma opção de fonte de renda, mas falta qualificação, identidade cultural, apuro estético e criação. O artesão, em sua maioria, tem como prática comprar revistas para copiar moldes, desenhos que se repetem em diversas partes do Brasil, perdendo assim referências de cada região. Por exemplo: Dei consultoria para uma associação de Tapeceiras no interior da Paraíba, local de muitos cactos, bode, onde o estado é produtor de algodão colorido. Os desenhos dos tapetes produzidos com lã e desenhos de flores encontrados em várias partes do Brasil. Acho pertinente informar algumas questões sobre o tema.

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Upcycling – Jaquetas de Couro – Estilo e Consumo Conscientes

ReMade USa – aliando estilo, design e sustentabilidade, cria bolsas a partir da reutilização de jaquetas de couro e resíduos da insdústria de estofados. O resultado é lindo!

A ReMade USA, produz bolsas a partir da reutilização de jaquetas de couro . Resíduos da indústria de estofados também são matéria prima da marca. O conhecido “Upcycling” – o processo de tomar o que é essencialmente resíduo e fazer algo que seja mais conveniente e de maior valor. Depois a visão da marca passou a focar num estilo personalizado, ou seja, cada cliente pode mandar sua própria jaqueta de couro e escolher o modelo de sua nova bolsa. Uma peça guardada no armário sem muita ou nenhuma utilização, ganha vida em outra peça exclusiva e com seu estilo. Além da exclusividade, as bolsas podem trazer toda a história da jaqueta, que talvez estivesse guardada simplesmente por seu “valor sentimental”… As peças nunca saem iguais pois trazem os sinais das jaquetas que as originaram.

Achamos a concepção do projeto muito estimulante e inspiradora. Já existem muitas outras marcas com esse foco. Sempre que possível vamos compartilhar aqui no  Duas e, por dois motivos: primeiro para que sirva de inspiração estimulando o consumo consciente e, para registrar que a sustentabilidade,  a reciclagem, a reutilização e o compromisso com uma moda correta é fashion sim e com peças muitos estilosas! Quando aliamos design e estilo ao consumo consciente, é impossível errar! O desafio de criar produtos bonitos, de longa duração, bem feitos e com impacto positivo no meio ambiente, tem sido uma meta de muitas empresas que já despertam para uma moda correta. Aquela que não visa simplesmente o belo, o que os olhos podem ver, ignorando as consequências de atos incorretos contra o meio ambiente.

Achamos muito interessante o processo de criação da marca que para o forro das bolsas aproveita lenços vintage e, para as etiquetas , faz a reutilização de caixas de papelão. Acompanhe um passo a passo resumido de seu processo de criação:

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Viram quantas alternativas para uma moda correta? Super indicamos uma visita ao site da marca (em inglês). Muitos modelos de bolsas e dicas bacanas.

WWW.REMADEUSA.COM

Post by Lu Jordão

Fotos: site da marca

PROJETO SKELETONLEAVES – Tecido Vegetal

Tecido Vegetal – Projeto SkeletonLeaves que maneja a natureza da forma mais sustentável possível, beneficiando um grupo de artesãs de SP, resultando em produtos delicados pela técnica da esqueletização de folhas. Os produtos já ganharam a França, Alemanha e EUA. Permita-se conhecer!

Estava eu em minhas pesquisas diárias sobre a arte, a moda, a sustentabilidade… Deparei-me com fotos que resultaram na seguinte exclamação: que flores de organza de seda mais perfeitas!!!! Observem a delicadeza das peças que chamam os olhos daqueles que apreciam a poesia do “feito a mão”:

Surpreendentes e encantadoras… O material? Tecido? Seda? Não!! São folhas naturais que passaram pelo processo de esqueletização. Passei imediatamente um e-mail para o PROJETO SKELETONLEAVES, coordenado pela Cida Barros, que imediata e carinhosamente respondeu-me com todas as informações sobre este processo lindo que vamos compartilhar com nossos leitores…

O  SkeletonLeaves é um projeto privado de capacitação de fazeres artesanais e de geração de renda para a comunidade de sua fazenda na zona rural de Moji-Mirim, interior do Estado de São Paulo, procurando manejar a natureza da forma mais sustentável possível. Em 2008 o trabalho das artesãs foi exportado pela primeira vez para França, Alemanha e Estados Unidos.

O origem da técnica de esqueletização:

Um processo que ocorre espontaneamente na natureza. Ao consumir a clorofila de uma folha, larvas e insetos revelam suas complexas e fascinantes venações, que são suas estruturas vasculares. No esforço de imitar a natureza para trazer à luz toda a beleza escondida sob o manto verde da clorofila das folhas, artesãos desenvolveram há centenas de anos o processo de esqueletização. Consta que já era praticado na China na era da dinastia Ming  (século 14)  e há relatos da época vitoriana (século 19) mencionando os phantom bouquets confeccionados com folhas esqueletizadas para impressionar a nobreza da Inglaterra.

O processo:

A colheita das folhas é feita no dia anterior à produção. São usadas principalmente folhas decíduas, que caem das árvores num processo natural de renovação. As folhas são cozidas em alta temperatura e em seguida lavadas uma a uma, com grande cuidado, para que a clorofila seja removida, revelando suas nervuras. Em seguida são colocadas para secar ao natural, algumas individualmente e outras em maços. Podem ser deixadas na cor natural, que apresenta tons terrosos e neutros, e podem também ser clareadas e tingidas nas mais diversas cores.

O produto:

Dedicada à esqueletização de folhas naturais e à confecção de fino artesanato com essa matéria-prima, a SkeletonLeaves nasceu de uma admiração pela beleza das folhas e da vontade de eternizá-la em produtos que mostrem todo o seu encanto. Trabalhando com as mais variadas espécies e apurando o ponto ideal de cocção de cada uma, a SkeletonLeaves desenvolveu um catálogo de folhas com alto índice de esqueletização, que têm aparência muita delicada, algumas assemelhando-se a rendas de finíssima trama, outras a organzas de seda, outras ainda lembrando o oriental papel-arroz.

Celulose pura, as “folhas-esqueleto” são superduráveis, flexíveis e moldáveis, emprestando sua beleza a um sem-número de aplicações. Elas podem ser usadas individualmente, para decoração e revestimento, em embalagens, luminárias, móveis, paredes; para a arte floral, na confecção de flores dos mais variados formatos; para aplicação em artigos de papelaria, em scrapbooking etc. Em tons naturais, neutros, assim como clareadas ou tingidas nas mais diversas cores, as folhas da SkeletonLeaves oferecem uma extensa cartela de opções decorativas.

A equipe:

Localizada na fazenda Santo Antônio do Brumado, em Moji-Mirim, interior de São Paulo, a SkeletonLeaves possui bosques de reflorestamento e mantém um ateliê com uma jovem equipe de artesãs que trabalham com folhas de magnólia, mangueira, abacateiro, goiabeira, graviola, eritrina, bauínia, jambolão, murici, figueira, seringueira e outras tantas espécies que continuam a ser pesquisadas. São produtos de grande delicadeza e efeito estético, resultado de puro trabalho artesanal.

O resultado permite a produção de objetos de decoração e utilitários, como fios florais,  porta-guardanapos, sachês; artigos de papelaria como cartões, álbuns, agendas; acessórios pessoais como broches, gargantilhas e anéis, bem como folhas de seleção para trabalhos de terceiros (artistas plásticos, decoradores, encadernadores, vitrinistas, joalheiros). O projeto dá visibilidade a esse minucioso trabalho artesanal, recicla a natureza de forma sustentável e contribui para geração de renda da comunidade, explicou-nos Cida Barros com seu e-mail rico em informações.

A conclusão que chegamos após ler o material cedido pelo PROJETO SKELETONLEAVES é simples e, o foco de nosso Blog: homem e natureza em harmonia somado a comércio justo e dignidade social sempre resultará em produtos perfeitos, admiráveis em sua concepção, execução e resultado final.

O PROJETO SKELETONLEAVES – Tecido Tecido Vegetal, pratica preços de atacado. Cida, Coordenadora do projeto nos explicou como funciona a negociação: “Nossos principais clientes são pessoas jurídicas, decoradores e organizadores de eventos. A maioria de nossos produtos é feita sob encomenda. Normalmente nosso prazo de entrega é de 20 dias, exceto em períodos de pico. Despachamos via correio, porque os produtos são bem leves”.

Superindicamos uma visita no site do Projeto:

http://www.skeletonleaves.com.br/

Cida Barros, grata por compartillhar este Projeto tão especial conosco. Especial na concepção, no desenvolvimento e no resultado que é único pela beleza do produto, pela dignidade social obtida através da geração de renda e, pela harmonia com o meio ambiente.  Conte com nosso portal para divulgação de suas novidades!

Post by Lu Jordão